Sensores, atuadores, e onde instalar

Continuando a documentar todo o projeto de injeção, vou mostrar os sensores que pretendo usar. Se o projeto der certo, servem de referência. Se não, talvez sirvam de referência do que não usar.

Sensor de temperatura de elemento aberto GM

Pra começar, esse é o sensor de temperatura do ar na admissão ( IAT - Intake air temperature ). Comprei ele junto com os kits eletrônicos na DIY-Autotune, o que na verdade foi um erro porque paguei um imposto escroto num item encontrado facilmente aqui no Brasil - mas isso não vem mais ao caso. O importante é que este sensor é padrão GM, então provavelmente é o mesmo utilizado nos carros da chevrolet no brasil.

Filtro de ar da Ténéré

Ele vai ser instalado na caixa do filtro de ar. O unico problema disso é que o filtro de ar original da Ténéré é de espuma, e funciona “embebido” em óleo. O que eu não sei é se o óleo pode contaminar o sensor e atrapalhar a leitura, pelo fato do sensor ser do tipo “open element”, onde o elemento sensor fica exposto.

Por isso, ta passando pela minha cabeça a ideia de adaptar um filtro de ar de papel nessa caixa ai. Procurar um elemento de filtro de ar automotivo barato, facil de encontrar e com o tamanho próximo a esse, e adaptar o encaixe. Os primeiros testes vou fazer sem filtro mesmo, então isso pode ficar para depois.

Sensor de temperatura de elemento fechado GM

Esse é o sensor de temperatura do liquido refrigerante ( CLT - coolant liquid temperature ). Ele também foi comprado junto com o kit do MegaSquirt, e também é padrão General Motors. Ele normalmente é instalado, em motores refrigerados a água, em contato com o liquido refrigerante. Em motores refrigerados a ar existem algumas alternativas.

Reservatório de óleo da Ténéré

No caso da Ténéré, o motor é considerado refrigerado a ar e óleo, e eu vou instala-lo em contato com o óleo do motor, no reservatório de óleo, mostrado na imagem acima. O problema disso é que o óleo demora muito mais para esquentar, ainda mais quando armazenado em um reservatório externo, como é o caso da Ténéré. A leitura deste sensor é utilizada basicamente para ativar o “afogador”, ou seja, um enriquecimento da mistura enquanto o motor não atinge uma determinada temperatura. Com o sensor em contato com o liquido refrigerante ( água ), é configurado um limiar de temperatura em torno de 70ºC. Para a leitura da temperatura do óleo o jeito é utilizar um limiar bem mais baixo.

Sensor de posição do acelerador

Esse na imagem acima é o sensor de posição do acelerador ( TPS - Throttle position sensor ), comprado numa loja qualquer de autopeças na Pedro II. Ele vai ser instalado no corpo de borboleta ( Throttle body ) que ta sendo construido pelo Betim ( o Helio, não a cidade. Nem o gas. ).

Caixa do sensor de posição do acelerador

O TPS é esse dessa caixa ai, usado na linha Gol e outros VW.

Bico injetor IWP065

Um dos itens mais importantes: o bico injetor. O escolhido foi o IWP065, da linha Palio. O tamanho e formato desse injetor é do padrão “pico” da Magneti Marelli. Neste mesmo padrão são fabricados varios bicos com vazão e padrão de spray diferentes, que são as principais diferenças entre injetores. O IWP065, também identificado pela “coleira” plastica de cor roxa, tem vazão informada pelo fabricante de 15.03 l/hr ( libras por hora ), ou 158 cc/min ( centímetros cúbicos por minuto ). De acordo com um calculo de potência x fluxo de combustível especificado no megamanual, dois  injetores desses seriam suficientes para alimentar um motor desenvolvendo até 52 cv de potência. Pra Ténéré que originalmente desenvolve até 42 cv, ta bom demais. E estes injetores são um dos mais baratos e mais faceis de encontrar, e caso eu resolva troca-los, é facil encontrar injetores “pico” de maior vazão.

Estes bicos injetores, apesar de no meu caso eles serem instalados no TBI, são conhecidos como “port injectors”, por serem colocados no coletor de admissão, normalmente um para cada cilindro, na famosa configuração conhecida como multi-ponto. Eles são injetores de menor vazão e de alta impedância, e precisam de ser alimentados por combustível em pressão maior do que os injetores utilizados nos sistemas mono-ponto. Com estes ultimos normalmente é utilizado apenas um injetor, de baixa impedância e alta vazão, colocado no TBI.

Regulador de pressão 3 BAR

Para alimentar estes injetores multi-ponto preciso construir um sistema pressurizado por uma bomba que mantenha uma pressão de aproximadamente 3 BAR ( ~43 psi ). Apesar da variação da pressão afetar pouco a vazão ( esta varia com a raiz quadrada da pressão ), é interessante tentar mante-la o mais estável possível. O que deve se manter estável aqui é a relação entre a pressão do combustível que chega ao injetor, e a pressão dentro do coletor de admissão ( a outra ponta do injetor ), para que o fluxo de combustível do injetor seja constante. Isto é conseguido com a utilização de um desses reguladores de pressão, como o mostrado na imagem acima. Este, também comprado numa autopeças qualquer da Pedro II, mantém a pressão da linha de combustível próxima de 3BAR em relação à do coletor. Para isso vou compartilhar com ele a mesma linha de vácuo do sensor MAP da MegaSquirt.

Caixa do regulador de pressão

Ai a caixa com a especificação do regulador, utilizado em vários carros da GM.

Borboletas 32mm de carburador de fusca

Aqui estão as borboletas, de 32mm, compradas numa loja especializada em carburadores ( Tropical carburadores, eu acho ) na Pedro II. Mantive a medida próxima à das borboletas do carburador da Ténéré, para manter a espessura do TBI próxima e poder utilizar os mesmos coletores de admissão e mangueiras de ar, e também garantir que o motor vai receber a quantidade de ar necessária.

Rabeta da Ténéré

Ai ta uma imagem da rabeta da Ténéré, onde, depois de algum estudo, eu resolvi dar um jeito de instalar a MegaSquirt. Ainda não desmontei pra tentar coloca-la no lugar, mas acho que vou ter que passar a faca nesse “caroço” do para-lamas onde fica o parafuso que prende essa carenagem da rabeta. Mas qualquer alteração ai acho que vai ser mais fácil do que mexer com a caixa de ferramentas, onde eu tinha imaginado que a MS caberia a priori…

A rabeta ainda tem a vantagem de ser um lugar um pouco mais protegido de calor, óleo, sujeira e interferência eletro magnética que a caixa de ferramentas, que fica logo atrás do motor, como eu acho que da pra ver na foto abaixo.

Caixa de ferramentas da Ténéré

Mas ainda tenho planos para a caixa de ferramentas. Nela deve ficar o controlador da sonda lambda, e talvez os relés e fuzíveis, se estes não couberem todos em cima dela, onde ta esse emaranhado de fio ai na foto acima, que disputa espaço com os relés originais da moto e uma das mangueiras do filtro de ar.